Talvez nem fosse eu
A melodia que o mundo dispersava
Nos cânticos da noite em meu redor.
Talvez…
Não sei.
Talvez chamasse o amor
Aquela sombra que em mim se entranhava
Como ilusão de espectral entidade.
Não sei se era silêncio fugitivo
Ou furtiva tristeza
O que assombrava
O contorno dos meus olhos cansados,
Espelho de mágoa
Onde se repetiam mil passados,
Mas nada se criava.
Talvez nem fosse meu
O lamento
Que pairava na estrada do destino,
Que me prendia aos fantasmas do fim.
Talvez eu fosse apenas o que sou,
Talvez sonho que nunca terminou,
Talvez a morte a florescer em mim.
4 comments:
"onde se repetiam mil passados" é um verso da voz dos antepassados, que lhe foi soprado, em boa hora! gostei muito de ler. um beijinho.
E um tanto de muitas outras coisas.
Paira a dúvida do Cântico encantador.
(espero que a apresentação do livro tenha corrido bem)
Beijo
um poema bem construído, um pouco nostálgico.
fica um beijo
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