Há uma certa amargura ante os silêncios do infinito
E um grito na eternidade da canção abandonada.
Eles não sabem que sabes que a palavra destruída
Há muito morreu nos braços do teu cântico imortal.
Há uma voz que te grita que nem tudo vale a pena,
Que te enleva no chamado de um olhar para lá do abismo
E tu penas nos segredos de uma eterna despedida,
Fracasso atrás de miséria, depois trevas, depois nada.
Vivem sussurros no alento da deserta catedral
Onde tu e os miseráveis partilham o mesmo exílio
E um deus vigia os teus sonhos de sangue e silêncio e morte,
Evangelhos destruídos nas asas do teu vazio.
Há um cântico na esfera do conflito no abandono
E uma palavra maldita nos confins da tua voz.
“Adeus. Que o tempo te guarde. Fica segura na ausência.
Se alguém tinha de quebrar, fico feliz por ser eu.”
No comments:
Post a Comment