No espelho onde me vejo, destroçada,
Paira um olhar solene e pesaroso,
Que, no seu sofrimento tenebroso,
Me fala de desprezo, morte e nada.
Meu triste olhar, espelho de alma quebrada,
Como eu triste, como eu silencioso,
Reflecte o nada ausente e misterioso
Da minha solidão abandonada.
Minha imagem distante, indefinida,
Como eu ausente e vazia de vida,
Para sempre morta nos confins do nada…
Aqui me vês, a imagem que se esconde
No teu reflexo que olha e não responde…
Virás, algum dia, a ser libertada?
No comments:
Post a Comment