Arrastei-me entre as sombras do passado
Durante anos de dor e de agonia,
Pedindo aos deuses da noite sombria
Que essa dor redimisse o teu pecado.
Sofri a angústia de um corpo magoado,
De uma alma ferida, para sempre vazia,
Dando o sacrifício de cada dia
Para que pudesses ser libertado.
Durante mais anos que a eternidade,
Renunciei à minha liberdade
E em mim tomei tua dor, fria e serena.
Mas, cansada, levanto-me da lama,
E, erguendo os braços ao céu que me chama,
Entendo que, por ti, não vale a pena!
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