Não sou quem vês. Na sombra da loucura
Onde a minha inocência se perdeu,
Caminha uma voz de ódio e de amargura,
Memória de um destino que morreu.
A sombra que reconheces como eu
Não passa de uma fantasia obscura,
Criada para esconder quanto de meu
Se vendeu ao vazio da noite escura.
Não sou quem vês, este demónio breve
Que ocupa o espaço onde minha alma esteve,
Espectro de horror e infinito sadismo.
Não… A minha crueldade é uma fachada
Que oculta em si as sombras do meu nada,
O que restou de mim, depois do abismo…
3 comments:
Um pouco dark...mas escreves muito bem.
Bjs**)
Maestria intrigante...
Desprendem-se gotas do azul na água
O tempo continuará a existir
Ávida terra de assombro
Vacilantes passos no partir
Manhã submersa de neblinas
A noite teceu seu manto
A agua na sua eterna viagem
Cobriu a ilha de pranto
Doa semana
Profético beijo
Passei para te deixar um feitiço...
Doce beijo
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