Vazio imenso de um sonho vencido,
Olho para além da tua eternidade,
Promessa de esquecimento e vontade,
Fim dos tempos de um sonho destruído.
Observo os teus confins onde, perdido,
Vagueia o espírito da minha idade.
No teu eco, sereno e sem maldade,
O meu nome é mil vezes repetido.
Abismo eterno, aceita-me em teus braços!
Quebra na tua sombra os negros laços
Que me prendem, e deixa-me fugir!
Porque toda a minha existência é negra,
Mas, mesmo assim, esta vida não quebra!
Abismo eterno, deixa-me cair!
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