De joelhos no chão, rosto escondido,
Olhos cerrados de intensa agonia,
Um vulto negro na luz fugidia
Lamenta a sua vida sem sentido.
Expressão sombria, voz de anjo caído,
Alma sem sonho, amor ou fantasia,
Aguarda o cair da noite vazia,
Vida vencida num mundo perdido.
Ergue o olhar aos céus, no gesto cego
De quem jamais teve algum aconchego
E grita para os céus celestiais:
“Aceita, Deus, este último tributo!
Tu, que me deste uma vida de luto,
Recebe agora os meus gritos finais!”
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