Friday, May 05, 2006

Ars Moriendi

Rasga os canais que me mantêm erguida,
E flui, vida, para fora do meu ser!
Cai no nada em que me quero perder
E vence minha esperança destruída!

Mostra ao mundo o que é viver esquecida
No abismo da vontade de morrer!
Sai de mim, força que me fez mover
E põe, enfim, um fim à minha vida!

Rasga de mim cada ínfima estrutura
E faz com que eu caia na noite escura
Do abismo de uma alma que não sente.

Faz-me cair e aplaude o meu destino!
Anuncia ao mundo aquilo que ensino:
Permanece para sempre inconsciente!

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