Saturday, October 06, 2007

Não Quero a Vida Assim

Não quero a vida assim, sinistra e fria
Como as memórias do meu negro ser.
Fere demais continuar a viver
Nas sombras desta existência vazia.

Não quero a vida assim, sem fantasia,
Distante de quanto amei sem saber.
Não me quero encontrar, para me perder
Nos soturnos desertos da agonia.

Não quero sonhar com breves encantos
Para os ver desabar nos negros prantos
Que são tudo quanto resta no fim.

Se é para continuar neste deserto
De ver longe tudo quanto quis perto,
Então não quero a vida que há em mim!

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