Thursday, June 19, 2008

Hossana nas Alturas

Cantam coros de místico esplendor
E impenetrável sonhar de paixão,
A elevação de um místico fulgor
Aos céus da interminável solidão.

Cantam o esplendor do céu sem razão,
Vazio como o seu etéreo louvor,
E as horas nascidas na escuridão
Parecem somente ilusões de dor.

Enchem-se os céus com ecos de saudade,
Aclamações da eterna liberdade,
Oráculos de um deus inacessível.

Mas, na sombra da dor que se escondeu,
Há um corpo que, cego, grita ao céu
Como sobreviver é impossível…

7 comments:

Misantrofiado said...

Carla nas "alturas"
Fantástico cara semelhante.

Graça Pires said...

Gosto do soneto.
Obrigada pela visita ao meu "Ortografia". Voltarei aqui.

O Profeta said...

Continuam fantásticos os teus sentires...

Doce beijo

Anonymous said...

Recebermos um "lindo" como comentário teu a um dos nossos poemas (neste caso, meu, que a Ursula é mais ligada às artes visuais) é não só um prazer, é também uma honra... Lindo é este, tal como os outros, teu poema.. não nos cansamos de o dizer: és da melhores sonetistas que alguma vez conhecemos... Beijo

ROSA E OLIVIER said...

"E'l naufragar m'è dolce in questo mare."...!?...

Ciao...un affettuoso abraccio e un caro saluto!

Anonymous said...

Brutal! Adorei ;)

Blood Tears said...

A escuridão mística da liberdade apaixonada, grita ao deus....

Poderosíssimo este soneto...

Blood Kisses