Vem arder por dentro do silêncio
Que desfalece em cada pétala de cinza
Como uma gaivota rasgando a contemplação do adeus.
Nos céus
Encontra o berço da quimera,
A brisa que se agita nos teus braços de espantalho,
Mas não afasta os corvos que te consomem a carne.
Como uma brisa
Perdida no vazio de uma meia-noite mistificada,
Divinizada no Éden dos exilados
Que contemplam a cruz por dentro da miragem,
Um espectro que divaga entre túmulos vazios,
No frio das eras agitadas pelo vento,
Espectrais
Na dança das chamas que lambem a ferida aberta
No coração dos séculos.
Vem ver a ruína que desaba sobre os corpos
Consumidos na cinza da despedida primordial
E apagados por entre os fumos do inominável.
Por terra,
Descobre-te no vácuo do absoluto que se renega
Em flores de sangue e de morte
E espalha no silêncio a voz dos supliciados
Onde o deserto ensina a morrer.
1 comment:
Me identifiquei muito com teu blog
e com teus belos posts!
Muito bom ! ...
Parabésn nobre Lady!
Seguindo
e já salvei teu blog
em meus favoritos!
Dellone
visite-me quando puder
será muito bem vinda!
e muito bom poder trocar ideias
com a Lady!
silenceshadows.blogspot.com
Post a Comment