Invoco-te dos abismos da dor,
De além da mágoa eterna, imensurável
E espero-te nas trevas, vão senhor
Do campo de batalha interminável.
Exércitos, os teus, são só de amor,
De sonho as lanças da noite indomável,
De lágrimas o teu manto sem cor
E de silêncio a esperança inefável.
Invoco-te com mãos de alva saudade,
Com olhos de vencida liberdade
E com um coração feito de nada.
Chamo-te da razão para sempre morta.
Não passarás, senhor, à minha porta
Para abençoar uma alma condenada?
No comments:
Post a Comment