Tuesday, September 05, 2006

Amo-te

26/08/2006

Amo-te
Com toda a loucura do desespero,
Com toda a angústia de quem sabe que só tem um dia para viver.

Amo-te,
E a minha alma moribunda
Grita o teu nome por entre o estertor da agonia,
Pedindo para te ver.

A meus olhos, és a mais bela obra do criador,
A perfeição presa num corpo mortal.
És tudo aquilo com que eu sempre sonhei,
O amigo que sempre quis ter do meu lado,
O amante que desejei,
O companheiro que idealizei nos meus sonhos.

És igual a mim...
Os teus ideais de vida são os meus.
Tens a mesma forma de ver as coisas mais misteriosas,
Aquele fascínio pelas trevas que o mundo não consegue entender.
Queres apenas viver a vida e ser feliz... como eu.
És igual a mim...
A tua alma é igual à minha
E o teu coração bate no mesmo compasso.

És como eu...

Mas eu,
Que digo que te amo,
Sinto que não te sei amar como mereces.
Eu, que te quero,
Sei que serás mais feliz com outra que não eu.
Eu, que te desejo com todas as minhas forças,
Vejo que nunca encontrarás em mim a felicidade
E desisto de lutar por ti.

Deixo-te partir,
Porque vejo que mereces mais que a minha alma destruída,
Que o meu coração ferido e torturado pelo passado.
Deixo-te,
Porque sei que mereces mais que um amor limitado,
Definido pela indiferença face à vida e o desprezo face ao mundo.
Deixo-te,
Porque sinto que ficarás melhor protegido por outros braços
E, se tu estiveres bem,
Então nada mais interessa.

Vai em paz...
Vai com a certeza de que o meu coração será teu eternamente,
Mas que não será em mim que descobrirás a felicidade.
Vai,
Porque é meu desejo que corras para o teu futuro
E não que fiques, como esta alma quase morta,
Preso ao passado.

Vai... Eu deixo-te partir...
Porque te desejo... E desejo que encontres a felicidade...
Porque te quero... E quero que tenhas a alegria que não te posso dar.
Porque te amo...

...E, por isso, liberto-te.

No comments: