Wednesday, November 14, 2007

Falsos

Com toda a minha fé e toda a minha força, dei, por inteiro, a minha alma àqueles que julgava com os amigos ideais, supremo exemplo de vida e de verdade. Inocentemente, coloquei-me nas suas mãos, alimentando a certeza de que, viesse o que viesse, não seria abandonada.
As minhas certezas, contudo, eram apenas um absurdamente frágil castelo de areia levado nas ondas do mar. Aqueles que julgava como as entidades mais próximas de mim não passavam de falsos profetas de um destino morto e, por isso mesmo, a amizade, que em tempos julguei como uma deusa sagrada e inviolável, jaz por terra, vencida, profanada, rasgada de corpo e alma.
E é este o meu mundo… Assim se processam os dias vencidos da minha vida inútil, perdidos entre a sombra do silêncio e o abismo da amargura. A fé morreu, quebrada pela traição. A esperança morreu, vencida pela desilusão. O sonho desapareceu na noite dos falsos encantos de uma existência em verdade vã e inútil.
Agora… Agora, resta-me morrer também.

5 comments:

Fátima said...

Amiga,

Que o sonho não desapareça do encanto do teu existir...
Texto muito sentido, gostei.

:-) Beijinhos

Luadosul said...

Escreves tao bonito e com muita força!
Tenemos que utilizar esa fuerza para lograr estar por encima de nuestras desilusiones durmiendo con la conciencia tranquila de ser sinceros, y en el darse está el mérito que otros no tienen la capacidad de sentir!
Muitos beijinhos

Rex Noster said...

Pois, pois...

O Profeta said...

Mas...



--------tu és uma Deusa







um prodigio







-----diferente







um pássaro...







Bom fim de semana


Mágico beijo

Oliver Pickwick said...

Castelos, falsos profetas, abismos de amargura, nenhum destes elementos são capazes de sobrepujar a força do seu interior, expressa em seus textos.
Continuo seu fã.
Um beijo, e tenha a melhor das semanas!