Friday, April 27, 2012

Renúncia (I)


Longe da vida vã, do amor magoado
E do eterno silêncio de meus dias,
Renuncio ao meu sonho destroçado
E à memória das minhas fantasias.

Renego a sombra das horas vazias
E a escuridão do um mundo quebrado,
Pois nada me prende às lembranças frias
De uma alma abandonada no passado.

Perdida da memória abandonada
Que criou meus sonhos de alma quebrada,
Rejeito até a mão da eternidade.

Não voltarei a ter vida ou vontade,
Pois, negada a minha própria verdade,
Deixei de ser solidão para ser nada…

1 comment:

Filipe Campos Melo said...

Imóvel a memória
como estático retrato

Belo, ler.te

Bjo.