Friday, February 02, 2007

Fantasia Obscura

Sou uma noite eterna, indefinida,
Alma de escuridão tempestuosa.
Sou a sombra da morte tenebrosa,
Perseguindo o espectro da própria vida.

Sou o limite da esperança perdida,
A voz de uma canção silenciosa,
A noite negra da mais negra rosa,
Profecia de uma vida vencida.

Sou um campo de flores, destroçado,
Florido mês de Abril, despedaçado,
Radiante céu azul, escurecido.

Ah, não haver em mim uma miragem
Que arrancasse das brumas minha imagem
E desse à minha vida algum sentido!

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