Friday, February 02, 2007

Ira

És um mundo esquecido, duvidoso,
Sempre inconstante, sempre diferente.
Há em ti um silêncio tenebroso
Que cobre a escuridão da minha mente.

Mudas com uma certeza indiferente...
Num momento, um sorriso radioso,
Depois, um esgar de raiva, ódio evidente,
Por fim, silêncio negro, pesaroso.

És uma sombra fria, indefinida,
A memória etérea da própria vida
De quem viveu eternamente preso.

Mas não escondas em ti a tua dor,
Pois, neste mundo de morte e temor,
Prefiro a tua ira ao teu desprezo!

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