Perdida entre os vencidos desta vida,
Entre as sombras da morte abandonada,
Grita, memória da esperança quebrada,
Mísera voz aos céus em pranto erguida.
Chora a mágoa da tua alma destruída
E a solidão em que foste deixada,
Recordação de uma luz apagada
Nos negros confins da noite perdida.
Na sombra de um silêncio tenebroso,
Deixa quebrar teu nada doloroso
E grita aos deuses a tua agonia.
Talvez a tua mágoa negra, ausente,
Abra as portas do seu céu indiferente
À miséria da tua vida vazia…
3 comments:
É impossível ficar indiferente a esta 'tua voz'.
Beijo
Um soneto muito conseguido e cheio de emoção.
Beijos.
Está lindo ^^
Muito bem escrito, uma melodia sem falhas!
Um beijinho!
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