Cada palavra a sangue e dor marcada num grito de revolta silenciosa... Esta sou eu... A sombra, a noite... O nada.
Tuesday, December 23, 2008
O Calar das Armas
Friday, December 19, 2008
Feliz Natal

Thursday, December 18, 2008
Sobre o Túmulo de Mim
Escondida nos recessos do mármore que me prende a alma,
Sepulcro de um outro túmulo maior,
A pedra de carne e sangue que me encerra
Num deserto de ecos e labirintos sem razão.
Deixa-me o teu sorriso
Como flor morta sobre o túmulo de mim
E leva na aurora dos tempos o silêncio do meu grito,
A voz que rasga a terra
No sísmico abalo de um inferno pessoal.
Wednesday, December 03, 2008
Concílio dos Deuses
Perdidas no fragor da tempestade
E há versos de silêncio e de saudade
No seu murmúrio de almas destroçadas.
Falam de sonhos, silêncios e nadas
Presos na dispersão da potestade,
Como se a sua austera majestade
Fosse também prisão de almas quebradas.
Cantam os deuses lamentos de bruma
Por sentimentos de coisa nenhuma
Espelhados pelos labirintos do céu.
Choram, como a dolente humanidade
Que ergue os olhos à voz da eternidade!
São, também, prisioneiros, como eu…
Thursday, November 13, 2008
Céu Invertido
Que em flor de sangue desabrocham
No céu crepuscular,
Incompleta fusão entre os deuses olímpicos
E os oceânicos titãs do verso em chamas.
Há um castelo de nuvens
No mais profundo dos abismos do mar,
Fustigado pela tenebrosa mão da divindade
Desfalecida
Que dorme nas entranhas do deserto
Em inversão de séculos em horas
Onde tudo é permitido debaixo do céu.
Friday, November 07, 2008
Coração Selvagem - Outro ebook
Aproveitem e visitem este também.
Abraço...
Carla
Wednesday, November 05, 2008
Derivações de Além-Vida
Já está disponível no site da revista Minguante o e-book Derivações da Além-vida, uma colectânea de micronarrativas da minha autoria.
http://www.minguante.com/?ebook=derivacoes_de_alem-vida
Façam uma visita... leiam... e comentem aqui... ou então para o e-mail do costume. carianmoonlight@gmail.com
Até breve...
Thursday, October 30, 2008
Romance Gótico
Rebelde
Como as asas de um colibri rasgando o sangue
Sob as entranhas da carne…
Suave adormecer de libertação em sonhos dispersos,
Submersos na etérea difusão das coisas vagas
Que se movem na difusão dos silêncios tumulares…
Teia de sentidos entorpecidos
Traçados em cruz de abismo fendida em manto de sangue,
Noite de obscuro renascer
Na iridescência de todos os momentos evanescentes
Sepultados no mais profundo recesso da alma.
Sunday, October 12, 2008
Alma Abandonada

Tuesday, September 02, 2008
Nas Águas do Verso

Nas Águas do Verso é uma colectânea poética idealizada e coordenada por João Filipe Ferreira e Pedro Lopes. Nesta obra é possível encontrar textos poéticos de 100 autores tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo. Uma obra onde cada poeta expressa livremente as suas palavras, as suas emoções, visões e estados de espírito. Em Nas Águas do Verso o leitor poderá navegar calmamente na beleza da poesia e da prosa poética, sem nunca perder o rumo, sem nunca se afogar nas palavras. Com muito prazer, os autores oferecem-lhe esta obra que consideram ser tremendamente rica em poesia. Sejam bem-vindos ao barco poético e, uma vez nele, desfrutem da beleza das Águas do Verso.
Monday, July 21, 2008
Não Acabou
Aprisionada no meu corpo aberto,
Como um eco de morte e de amargura
Perdido por entre as brumas do incerto.
Não se apagou a estrela do deserto
Que habitava os ecos da noite escura,
Levando para longe o que viveu perto,
Em cinzas desvanecendo a ternura.
Não se perdeu a memória dos dias
Que embalava entre débeis fantasias
O delirante eco da escuridão.
Paira ainda, nos silêncios do nada,
Um murmúrio de distante fachada.
Diz que não acabou… Ainda não.
Wednesday, July 02, 2008
Oh My Goth! - Poemario Oscuro Vol. 1

Caríssimos amigos...
Permitam que lhes apresente esta nova incursão pelos reinos da obscuridade. Trata-se de uma antologia de poesia gótica e obscura em língua espanhola, produzida pela Bizzarre Asylum, Bolívia, no formato de livro electrónico.
Tenho a honra de ter sido incluída neste projecto com quatro pequenos poemas. Espero que gostem. Podem encontrar o livro no seguinte link:
http://rapidshare.com/files/126445101/Oh_My_Go_h_-_Poemario_Oscuro_Vol._I-Bizzarre_Asylum.rar.html
Leiam e divulguem. Bem-vindos às sombras...
Thursday, June 19, 2008
Hossana nas Alturas
E impenetrável sonhar de paixão,
A elevação de um místico fulgor
Aos céus da interminável solidão.
Cantam o esplendor do céu sem razão,
Vazio como o seu etéreo louvor,
E as horas nascidas na escuridão
Parecem somente ilusões de dor.
Enchem-se os céus com ecos de saudade,
Aclamações da eterna liberdade,
Oráculos de um deus inacessível.
Mas, na sombra da dor que se escondeu,
Há um corpo que, cego, grita ao céu
Como sobreviver é impossível…
Saturday, May 31, 2008
O Deus Maldito

Caríssimos frequentadores do meu blog...
Estou aqui para vos apresentar o meu novo livro "O Deus Maldito". Como podem ver, a capa corresponde à imagem acima e trata-se de uma aventura de fantasia. A minha história envolve magia, mitologia, um mundo completamente diferente, onde o sonho, a coragem e a nobreza falam sempre mais alto, e onde há causas pelas quais a vida não é um preço demasiado elevado.
Para aqueles que quiserem saber mais, ou estiverem interessados em adquirir exemplares (devidamente autografados, claro) contactem-me para o email carianmoonlight@gmail.com.
Até breve...
Carla
Saturday, May 10, 2008
Convite
Caros amigos...
Tenho o prazer de vos convidar para o lançamento do meu novo livro "O Deus Maldito", a decorrer no dia 27 de Maio pelas 21:30h na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira em Vila Real. A apresentação será feita por Susana Catalão e o evento contará também com uma pequena dramatização de excertos do livro e leitura de alguns outros textos relevantes.
Abraço enorme...
Carla Ribeiro
Wednesday, April 23, 2008
Canção Deserta
Perdido entre o destino e o passado,
Sou melodia de ilusão quebrada,
Canção deserta de um sonho apagado.
Memória de um futuro abandonado,
Sou sombra de um olhar feito morada
De sombras, sentimento condenado,
Remissão para sempre rejeitada.
Leve elegia de uma eterna dor,
Sou canto de um desalento sem cor,
Gélido abraço de um vazio mais forte.
Sou sombra de silêncio e noite escura,
Condenada ao exílio da amargura.
Seria muito mais suave a morte…
Monday, March 24, 2008
Desculpa
Se não sigo o teu rumo de vaidade,
Se nem sempre cedo à tua vontade
E cumpro o que ordena a tua voragem.
Desculpa se o meu mundo é de miragem
E se acredito na fidelidade.
Desculpa se me guio pela verdade,
Ainda que despida de coragem.
Desculpa se não creio na loucura
Do teu mundo de dominância obscura
E de momentos inúteis e vãos.
Não sou igual a ti, alma indiferente.
Não quero o teu controlo permanente…
Desculpa se não estou nas tuas mãos!
Monday, March 10, 2008
Herança de Saudade
Memória de um futuro que passou,
Somos, talvez, herança de saudade,
Recordação de um sonho que acabou.
Fantasmas de uma vida que quebrou
Ante a profanação da lealdade,
Somos uma ilusão que terminou,
Inocência vendida à iniquidade.
Vozes de um tempo ao nada condenado,
Somos apenas sombras de um passado
Que se perdeu na noite sem lugar.
Ilusões mortas, sonhos destruídos…
A vida deu-nos a voz dos caídos.
A morte não deixou de nos amar.
Wednesday, February 27, 2008
Ânsia de Redenção
Por entre as estradas da ingenuidade
E os caminhos da inocência,
E que vivi numa ilusão sem nome,
Feita de fé inútil
E moldada em esperança vã.
Acreditei cegamente
Nas imagens que o mundo me mostrava,
E construí castelos de confiança
Onde não devia haver senão deserto.
Sacrifiquei o melhor da minha alma
À vaga ilusão de uma amizade
Que nem sequer existe
E, por isso,
Hoje estou sozinha
No abismo da minha desilusão.
Onde eu criei um palácio de sonhos,
Hoje há apenas um destroço,
Ruína dos meus ideais mortos,
Criados pela cegueira
E estilhaçados pela mágoa.
A ingenuidade fez-se ressentimento,
Cego a todos os sinais
E surdo a todas as súplicas de piedade,
E a ilusão da felicidade
Desfez-se em fragmentos de traição,
Lágrimas de sangue
E lamentos de agonia gritados ao céu vazio.
E, hoje, eu sei o que sou,
Fantasma derrubado,
Subjugado
Sob o peso do meu pecado de orgulho,
Espectro de arrependimento
Que pena por entre noites imortais,
Em busca de um abrigo que me salve
Da minha própria credulidade,
Pois, ao acreditar,
Pequei contra mim própria.
E a minha alma,
Perdida e destroçada,
Não esquece nem perdoa
Os crimes de toda uma vida,
Os erros que rasgaram o meu corpo
E assassinaram o meu coração.
Não há perdão para a minha cegueira
Nem vida para a minha ânsia de redenção,
Por isso,
Por mais que espere e suplique,
Não encontrarei salvação nem paz,
Pois viva de ilusão
E profanada pela fé,
Apenas me abrigará a eterna escuridão.
Tuesday, February 12, 2008
Lágrimas da Alma
Arrancadas deste meu coração,
Serão meu juramento à escuridão,
Lágrimas da minha alma destroçada.
A minha essência não será quebrada
Nem mesmo pelo fogo da traição.
Não voltarei a dar minha alma em vão.
Nunca mais me verão sofrer calada.
Palavras de lamento e de amargura
Contarão à sombra da noite escura
Os sinistros desígnios do meu ser.
No vento voarão meus negros versos,
Memórias dos pensamentos dispersos
De alma fraca que aprendeu a viver…
Se Eu Fosse...
E fossem meus os dias desta vida,
Dava-te a minha alma reconstruída
E amava o teu sonhar silencioso.
Se eu fosse o azul eterno e majestoso
Do céu que cobre a terra indefinida,
Dava-te uma promessa renascida
De amor sublime, puro e poderoso.
Se eu fosse o sonho da tua miragem,
Criava um novo mundo à tua imagem
E os teus sonhos erguia ao alto céu.
Mas sou só eu, esta sombra quebrada
Que se arrasta entre as sombras e o nada,
E nada tenho para dar, senão eu…
Friday, January 04, 2008
Na Sombra da Estrela
Como um fantasma de vazio e horror.
Não conheceu da vida senão dor.
Nunca sentiu senão a alma perdida.
Destroçado pela negra mão da vida,
Nunca alimentou ódio nem temor.
Despido de dignidade e de amor,
Permaneceu são na noite vencida.
Preso na dor de um futuro quebrado,
Viveu por entre a mágoa e o pecado,
Torturado por tudo o que mais dói.
Mas, mesmo depois de preso à tristeza,
Nunca se perdeu a sua nobreza.
Viveu mártir… Morreu como um herói!
___In memoriam S. Arasen______